Manutenção Corretiva: O que é, quando fazer e como fazer.

 

Segundo a Norma NBR-5462, a Manutenção Corretiva é a manutenção efetuada após a ocorrência de uma falha (ou pane), destinada a recolocar um item em condições de executar uma função requerida.

A Manutenção Corretiva é o tipo de manutenção mais caro, que toma mais tempo e traz mais prejuízo para a empresa. Chegando a ser, no mínimo, sete vezes mais cara que os demais tipos de manutenção. Um dado coletado pela ENGETELES mostra que 69% das empresas brasileiras aplicam apenas a manutenção corretiva em seus ativos. 

Apesar de ser o tipo mais comum de manutenção, o nível de conhecimento sobre tal tipo ainda é muito baixo. Gravamos um vídeo para elucidar os principais pontos sobre a manutenção corretiva: o que é, quanto custa, quando e como usar.

Entendendo as manutenções corretivas e a diferença entre elas através da Curva PF.

A curva PF é uma ferramenta analítica essencial para um plano de manutenção que seja baseado em confiabilidade e esteja seguindo os padrões RCM. A compreensão dela é extremamente necessária para definir a estratégia de manutenção que será adotada.


A curva PF é um gráfico que conflita em um plano cartesiano simples a performance do equipamento sobre o seu tempo de funcionamento. Com o objetivo principal de identificar o intervalo PF, que seria o tempo entre a Falha Potencial e a Falha Funcional. Daí vem o nome da Curva.

Mas então o que é Falha Potencial?

o que é manutenção corretiva

A falha potencial é uma falha ainda em estágio inicial, que denuncia que há algo de errado, mas o equipamento ainda está desempenhando a sua função no processo de produção. 

Exemplo: Imagine que em um determinado sistema hidráulico, exista um vazamento em uma das mangueiras. Apesar do vazamento, o sistema hidráulico ainda está desempenhando a sua função dentro do processo de produção (acionar com os parâmetros de pressão, velocidade e força requerida).

Podemos dizer que existe uma falha potencial (vazamento). Ou seja, caso ela não seja tratada ela levará o equipamento até a falha funcional.

Falha Funcional

o que é manutenção corretiva

A falha funcional é quando o equipamento não é mais capaz de desempenhar sua função no processo de produção.

Exemplo: Supondo que o vazamento citado acima, evolua e o nível de óleo do sistema hidráulico baixe severamente tornando impossível a sua operação. Nesse momento temos uma falha funcional, o sistema hidráulico não é mais capaz de desempenhar a sua função em razão do vazamento na mangueira hidráulica.

Se o vazamento fosse reparado quando ainda estava em estágio inicial e era apenas uma falha em potencial, a falha funcional não teria ocorrido. Sendo assim, a Manutenção Corretiva estará sempre atrelada à falha potencial ou à falha funcional.

Tipos de Manutenção Corretiva

Nem todas as Manutenções Corretivas são iguais. Existem basicamente dois tipos: manutenção corretiva emergencial (também conhecida como corretiva não-programada) ou manutenção corretiva programada.

A diferença entre os dois tipos é basicamente se a manutenção é executada após a falha potencial ou após a falha funcional.

O que é Manutenção Corretiva Emergencial (não-programada)?

Como o próprio nome sugere, a Manutenção Corretiva Emergencial é aquela que é realizada após a falha funcional do equipamento e por esse motivo, o equipamento deve ser reparado em caráter de urgência por conta do lucro cessante (momento em que a empresa deixou de “lucrar” por conta da parada do equipamento).

Além do senso de urgência criado pela parada do equipamento, a Manutenção Corretiva emergencial também pode acontecer de acordo com as seguintes hipóteses:

  • Alguém se acidentou ou existe iminente para acontecer um acidente;
  • Há algum problema que agrida o meio-ambiente ou existe um risco iminente disso acontecer;
  • Há algum problema que está comprometendo a qualidade do produto.

A manutenção corretiva emergencial é chamada de não-programada, pelo fato de ter pulado as etapas de planejamento e programação. O equipamento é quem decidiu o momento em que a manutenção aconteceria, por esse motivo, ela é a manutenção mais cara, perigosa e demorada para a empresa.

manutenção corretiva

Exemplos de manutenção corretiva não programada:

  • Rebobinar um motor elétrico após abertura das bobinas;
  • Substituição de rolamentos após quebra;
  • Substituição do rotor de uma bomba centrífuga após quebra;
  • Troca do pneu do carro após furo;
  • Aplainar cabeçote e substituir juntas de um motor de combustão interna após superaquecimento.

O que é Manutenção Corretiva Programada?

A Manutenção Corretiva Programada é aquela realizada para eliminar a falha potencial antes que ela evolua para a falha funcional. 

Se a falha potencial não trazer risco à segurança ou problemas de qualidade, ela pode ser programada para ser eliminada no momento em que for mais conveniente para empresa. Seja por questões de produção, custo, disponibilidade de materiais ou mão de obra.

Exemplo de Manutenção Corretiva Programada:

manutenção corretiva programada

Em um determinado processo existem duas bombas centrífugas redundantes. Ou seja, uma é reserva da outra.

Supondo que os rolamentos da bomba A falharam por um problema ligado à lubrificação e a bomba parou repentinamente. 

Nesse caso, a bomba B irá entrar em operação e a manutenção para corrigir a falha da bomba A poderá ser programada de acordo com a necessidade da empresa.

Apesar da falha não ser potencial, o fato de existir um equipamento reserva permite que o serviço seja programado.

Nesse caso, existem uma falha funcional da bomba A, mas não existe uma falha funcional no processo de produção. Uma vez que a bomba B assumiu a função da bomba A e o processo de produção não foi interrompido de forma prolongada e o lucro cessante não foi de grande escala.

o que é manutenção corretiva

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Custo da Manutenção Corretiva

Não é novidade que a manutenção corretiva é o tipo de manutenção mais caro que existe. Esse fato se dá pelos seguintes motivos:

Lucro Cessante: Maior parte do custo da manutenção corretiva. Uma vez que um equipamento deixou de operar e parou um processo produtivo, a empresa parou a atividade que faz com que entre dinheiro no caixa.

Exemplos de lucro cessante:

  • Uma taxista deixar de rodar por uma falha em seu automóvel;
  • Uma concessionária de energia elétrica deixar de fornecer energia por uma falha em um determinado transformador;
  • Uma empresa de saneamento básico deixar de fornecer água por falha em uma bomba.

Compras em caráter emergencial: Uma vez que a manutenção deve ser realizada em caráter de urgência, todo o planejamento foi para o espaço. Nesse momento que surgem os fretes especiais que podem custar até 10 vezes mais, compras em fornecedores que têm um preço maior que o de seus concorrentes e entregam em um prazo menor, etc.

Danos Auxiliares: O que seria a substituição de uma junta para conter um vazamento, se transformou na substituição do engrenamento completo de um redutor que se desgastou por falta de lubrificação causada pelo vazamento.

Tempo: O tempo é ativo mais preciso do mundo. A Manutenção Corretiva (feita da forma correta, eliminando a causa raiz) leva muito mais tempo para ser executada do que a manutenção preventiva ou predita. Isso se dá pelo fato de não haver planejamento para executar o trabalho, o equipamento que “planejou” o que deve ser feito para que ele volte a operar.

Uma hora investida em planejamento economiza cinco horas no momento da execução. 

manutenção corretiva custos 

A manutenção corretiva emergencial custará, no mínimo, 7 vezes mais do que a manutenção executada de forma proativa. E a manutenção corretiva programada custa, em média, 5 vezes mais do que a a manutenção executada de forma proativa.  O gráfico abaixo foi extraído do RCM GUIDE – Reliability Centered Maintenance  Guide For Facilities and Collateral Equipment publicado pela NASA, onde mostra o custo da manutenção por cada HP gerado por ano em usinas termelétricas. 

manutenção corretiva custos

  • A manutenção corretiva está exposta como RTF (Run To Fail) e custa 18 dólares/HP gerado.
  • A manutenção preventiva está exposta como PM (Preventive Maintenance) e custa 12 dólares/HP gerado.
  • A manutenção preditiva está exposta como PdM (Predictive Maintence) e custa cerca de 8 dólares/HP gerado.
  • A manutenção proativa está exposta como PCM e custa 4 dólares/HP gerado.

Quando usar a Manutenção Corretiva? 

A manutenção corretiva deve ser evitada ao máximo, mas podemos aplicá-la de forma estratégica quando for conveniente.

Quando se trata de estratégias de manutenção, todo tipo é válido. Inclusive a manutenção corretiva. A questão é o quanto você irá aplicá-la e em quais equipamentos.

A manutenção corretiva é uma saída para se aplicar em equipamentos de criticidade C. Os equipamentos de criticidade C são aqueles que:

  • Quando falham não causam problemas de segurança e/ou meio-ambiente;
  • Quando falham não interrompem o processo de produção;
  • Quando falham não causam problemas de qualidade;
  • Quando falham o seu reparo custa menos que 10% do custo mensal da manutenção;
  • Existem equipamentos reserva.

Podemos aplicar 10% da nossa força de trabalho em manutenção corretiva. Exemplo: Se no fim do mês somarmos todo homem-hora empregado nos serviços de manutenção e o total for 1000 homem-hora, podemos admitir um total 100 horas para a manutenção corretiva.

manutenção corretiva

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Jhonata Teles

Jhonata Teles é profissional certificado internacionalmente pela SMRP – Society Maintenance & Reliability Professionals, na categoria CMRP – Certifield Maintenance & Reliability Professional.

Especialista em Gestão, Planejamento e Controle de Manutenção, Analista de Vibração com certificação Nível 2 pela FUPAI e certificação internacional pela Instituição Canadense Mobius Institute, especialista em Lubrificação Industrial com certificações internacionais MLT-1 e MLA-1 pelo ICML – International Council of Machinery Lubrication.

Possui mais de 12 anos de experiência em indústrias de grande porte, sempre dedicados a Gestão da Manutenção, PCM e projetos de Confiabilidade Industrial. Atuou como Analista de Vibração, Consultor Técnico, Supervisor de PCM, Coordenador e Gerente de Manutenção em indústrias dos segmentos alimentício, higiene e limpeza, químico, metalúrgico e cimenteiro.

Autor dos livros e métodos de capacitação: Planejamento e Controle da Manutenção DESCOMPLICADO ®, Bíblia do RCM e Gestão de Paradas de Manutenção.

Como Diretor de Operações da ENGETELES já liderou mais de 300 projetos de consultoria no Brasil e em seis países, além de ter capacitado mais de 10.000 profissionais na área de Gestão da Manutenção.

Artigos: 93